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Um barco avistado em Paraty, em 2016, dá nome ao terceiro livro de poemas de Jeanne Callegari, contemplado com o ProAC/SP de criação literária – poesia em 2018, e recém-lançado por uma parceria entre as editoras Garupa e Pitomba!. Os amores (eternos) que se sucedem, o ciclo que nunca finda, as diferentes temperaturas e velocidades emocionais por que passamos são percorridas nos textos, que vão do rancor ao desejo, da ternura à tristeza, da depressão ao entusiasmo. 


eu tive medo, sim
tive saudade
mas inútil tentar deter com as unhas 
a corrente
reter, com apelos
a luz da tarde

 

(trecho de "agora fobia")

 

Nas palavras de Maíra Mendes Galvão, que assina a orelha, "A tradução do poema 'o fim do amor', de Sophie Hannah, encapsula a dinâmica do livro: tratar do amor enquanto mote poético com alguma ironia, alguma culpa, afiado engenho e senso de desafio: olhar o upside-down do amor, e às vezes o avesso da poesia: o tema que ameaça a quididade da poesia, um tema-fantasma: e de fantasma o amor entende. Mas aqui há muito além do flerte com o kitsch. [...] Os poemas aqui, e talvez os amores, numa quase-paráfrase inevitável, são eternos e de curta duração – bons para se guardar."


o fim do amor devia ser um grande evento.
no mínimo um baile de debutante.
por que não? acontece a todo amante.
por que passar sem reconhecimento?

 

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Jeanne Callegari (Uberaba, 1981) é poeta, jornalista e produtora cultural. Publicou os livros "Botões" (Corsário-Satã, 2018) e "Miolos frescos" (Patuá, 2015), ambos de poemas, e "Caio Fernando Abreu: inventário de um escritor irremediável" (Seoman, 2008), perfil biográfico do autor gaúcho. Em suas performances ao vivo, trabalha com os cruzamentos entre palavra, voz, ruídos e paisagens sonoras. É curadora, organizadora e poeta residente da Macrofonia!, noite mensal de poesia e audiovisual ao vivo em São Paulo (SP), realizada desde 2017.

amor eterno 2 | jeanne callegari

R$ 30,00Preço
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